O relógio marcava 6h28…dois minutos faltavam para o despertador nos avisar que o dia estava a começar. Não fechei os olhos nem por um segundo sequer, portanto continuava a viver os dias mais longos de sempre.
Faz hoje uma semana que ando a ganhar coragem para lhe contar tudo…não posso continuar com isto…é hoje que vou dizer toda a verdade.
Entrei na casa-de-banho e lá estava ela a passar o amaciador pelo cabelo, a espuma escorria-lhe pelo corpo e eu, atentamente, observava aquele perfeito cenário.
O nervosismo era tal, que cortei-me três vezes ao fazer a barba, e o pior é que ficou mal feita. Ela prontificou-se logo a ajudar-me a tratar das feridas, e foi-se vestir.
Após um banho rápido, entrei no quarto e vesti-me em dois segundos, e estava pronto…mas ela ainda se encontrava diante do espelho, tinha um vestido amarelo que lhe assentava maravilhosamente bem, realçando todas as curvas perfeitas do seu físico, aplicou o corrector de olheiras, após ter colocado a base, as pálpebras superiores ficaram revestidas com uma sombra cor de ameixa, que se encaixava admiravelmente bem, com os seus olhos claros, depois de ter aplicado o rímel nas suas longas pestanas, pegou no lápis preto e contornou delicadamente os seus olhos, um pouco de blush para dar uma certa tonalidade ao seu semblante e um toque final com um baton suave…agora sim, estava pronta, pensei eu…
- Tenho uma coisa importante para te dizer…
- E eu tenho outra coisa ainda mais importante para te contar… - respondeu ela, num rodopio, voltando-se agora para mim.
(- Mas querida, o que eu tenho para te dizer vai mudar as nossas vidas e até mesmo acabar com elas…eu fracassei, perdi o norte e comprometi todos os nossos sonhos e projectos…amar-te é uma dádiva, mas eu coloquei-te em segundo plano…fui cobarde e traí-te, portanto não sou digno do teu amor ou sequer da tua amizade… não suporto mais ver-te a fazer papel de parva, quando tu sempre dedicaste a tua vida a mim e ao nosso futuro…)
É isto que eu vou dizer, e quando eu me preparava para pronunciar a primeira palavra…
- Estou grávida... – disse ela, sustendo a respiração, na expectativa da minha reacção.
O impacto foi tão profundo e aterrador que o choro foi inevitável, abracei-a para ela não notar o meu ar de desespero…o sentimento que eu transportava era de incredibilidade, alegria e desapontamento...já nada havia a fazer ou dizer.
- Isso era tudo o que eu queria… - apertei-a com ternura e nada mais disse.
Faz hoje uma semana que ando a ganhar coragem para lhe contar tudo…não posso continuar com isto…é hoje que vou dizer toda a verdade.
Entrei na casa-de-banho e lá estava ela a passar o amaciador pelo cabelo, a espuma escorria-lhe pelo corpo e eu, atentamente, observava aquele perfeito cenário.
O nervosismo era tal, que cortei-me três vezes ao fazer a barba, e o pior é que ficou mal feita. Ela prontificou-se logo a ajudar-me a tratar das feridas, e foi-se vestir.
Após um banho rápido, entrei no quarto e vesti-me em dois segundos, e estava pronto…mas ela ainda se encontrava diante do espelho, tinha um vestido amarelo que lhe assentava maravilhosamente bem, realçando todas as curvas perfeitas do seu físico, aplicou o corrector de olheiras, após ter colocado a base, as pálpebras superiores ficaram revestidas com uma sombra cor de ameixa, que se encaixava admiravelmente bem, com os seus olhos claros, depois de ter aplicado o rímel nas suas longas pestanas, pegou no lápis preto e contornou delicadamente os seus olhos, um pouco de blush para dar uma certa tonalidade ao seu semblante e um toque final com um baton suave…agora sim, estava pronta, pensei eu…
- Tenho uma coisa importante para te dizer…
- E eu tenho outra coisa ainda mais importante para te contar… - respondeu ela, num rodopio, voltando-se agora para mim.
(- Mas querida, o que eu tenho para te dizer vai mudar as nossas vidas e até mesmo acabar com elas…eu fracassei, perdi o norte e comprometi todos os nossos sonhos e projectos…amar-te é uma dádiva, mas eu coloquei-te em segundo plano…fui cobarde e traí-te, portanto não sou digno do teu amor ou sequer da tua amizade… não suporto mais ver-te a fazer papel de parva, quando tu sempre dedicaste a tua vida a mim e ao nosso futuro…)
É isto que eu vou dizer, e quando eu me preparava para pronunciar a primeira palavra…
- Estou grávida... – disse ela, sustendo a respiração, na expectativa da minha reacção.
O impacto foi tão profundo e aterrador que o choro foi inevitável, abracei-a para ela não notar o meu ar de desespero…o sentimento que eu transportava era de incredibilidade, alegria e desapontamento...já nada havia a fazer ou dizer.
- Isso era tudo o que eu queria… - apertei-a com ternura e nada mais disse.
3 comentários:
Lindo!
Homem fraco... sem caracter, dissimulado. Quero acreditar que não são todos assim!!
Mt bem escrito, adorei os tres textos... escreve mais....
Que texto.
Queremos continuação.
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