6 de novembro de 2005

Pensamentos

(Antes de mais os meu agradecimentos a todos os que, com o seu comentário, me obrigaram a voltar a pegar na caneta para escrever. Para os verdadeiros apaixonados por esta leitura (se é que os há!) desta vez há promessa. A história já tem continuação!)

“O que será que ele pensa de mim? Olha para mim e fala-me com tanta indiferença… será que algum dia vou ter coragem de lhe dizer o que sinto por ele?”.
Era mais uma das muitas aulas, no dia complicado de aluna universitária de Navaril. E a acompanhar mais um dos pensamentos sobre o que lhe enchia a cabeça nos últimos tempos.
“Ele”, o Senhor da intimidade dos seus pensamentos, a estudar na mm escola! Tinham-se conhecido naquela festa, onde ele e os seus dois amigos vieram ter com ela e lhe perguntaram o que fazia por aquelas bandas.
Mas que forma tão estranha de abordar uma pessoa!
E ela o que fez? Encolheu-se, corou e… ah que vergonha pensar de novo naquele momento. Não tinha conseguido articular sequer um palavra. E que ar de gozo que tinham quando vieram ter com ela, esse ar que ainda hoje a destroçava.
No entanto, já antes desse embaraçoso momento, os seus olhos se tinha encontrado com os do “eleito”… Já ela tinha viajado por todos os seus sonhos mais românticos com ele ao seu lado na linha de fronteira entre a atracção momentânea e o amor.
Sim! Tinha sido agarrada nesse anzol da paixão.
Já depois de ter passado esse momento, ainda continuava agarrada, ainda não se tinha conseguido libertar e… sinceramente, não queria mesmo, que este anzol a libertasse!

3 comentários:

Anónimo disse...

em 1º lugar fico feliz por dares continuidade a esta historia, porque é boa de mais para ser "desprezada". Quanto a este episodio..q dizer?..eu sei bem o que é ser "agarrada nesse anzol da paixão", sei o sabor agridoce q isso traz..e percebo perfeitamnt a reacção dela, ou a falta de reacção no caso! Enfim..toda a descrição está..muito muito boa e mesmo quem nunca se viu nesta situação (será que existe alguem assim?) pode ficar com uma ideia bastante proxima desta realidade. Continua a deliciar-nos com a tua escrita..* * *

ZapporssoN_81 disse...

Ás vezes o ar de gozo é a unica forma de disfarçar algo que parece obvio, pelo menos aos nossos olhos..É essa a forma mais verdadeira e fria de expôr algo k n controlamos..o impulso!
E tão bom ficar escondido numa segurança que só os nosssos sonhos nos dão..talvez era isso que ela queria para sempre, vive-Lo num sonho, em vez de sonha-Lo numa vida..

Anónimo disse...

...e se o ar de gozo magoa...!mas bem, como aqui ja foi referido, também acho que seja uma maneira de nos proteger-mos!Tentamos ridicularizar uma cena que, no final de contas, estamos 'mortos por viver'.
Um obrigado ao pan pla continuação... e um incentivo ainda maior, pra k nos possas continuar a encantar com estes pormenores.. cruciais que acabam por chamar a tudo isto que está á nossa volta, de vida! ***