Tinha saído atrasada tal como para tudo nas últimas semanas.
Quando chegou à oficina esta já estava fechada para almoço, viu a hora de reabertura e decidiu ir-se mimar um pouco até um restaurante à beira rio.
Tudo parecia calmo e sereno ali.
Ela era apenas mais uma a desfrutar de mais um dia de Sol quente.
Assim, debaixo daquela aura de tranquilidade, sentia que nada a podia perturbar.
Entretinha-se a ver as pessoas passar, umas de bicicleta outras de patins, uns miúdos a brincar com um skate e um casal a passear.
Quando finalmente se decidiu a levantar já há muito que tinha passado a hora de reabertura da oficina pelo que foi só chegar e deixar o carro.
Foi a pé à casa dele.
Ao tocar à campainha sentiu um inexplicável aperto no peito.
Foi uma sensação esquisita mas que rapidamente desapareceu.
Passadas várias tentativas para que ele lhe abrisse a porta sem sucesso, a vizinha apareceu à janela a dizer que ele tinha saído.
Decidiu não esperar e ir embora.
Naquela noite, ao ver o telejornal enquanto jantava, o garfo caiu-lhe.
Não havia dúvidas era ele no filme feito de um helicóptero.
Era ele que aparecia a cair.
Tal como o garfo o seu mundo desabou.
Agora já era tarde…
2 comentários:
Gosto quando as pontas soltas encontram o seu caminho.
Gosto de histórias soltas que se encontram no fim.
Não gosto quando já é tarde...
Mas gosto disto :)
vidas k se cruzam num dia abrasador de sol...perguiça...atraso...uma vida k desespera...deliciosamente triste, num dia de sol...
adorei:)
Enviar um comentário