11 de maio de 2010

Fim da linha? 5 de 6


Quando recebeu o telefonema que a chamava para uma tentativa de suicídio na ponte, ela não queria acreditar.
Estava tudo a correr tão bem…
Mas era o seu trabalho e até estava confiante.
Quando chegou ao local o homem que viu parecia um fantasma.
Parecia não dormir há pelo menos uma semana, era magro que doía e transpirava uma aura negra à sua volta.
O que mais a inquietou foi que mesmo com este aspecto o homem lhe pareceu não só familiar como também teve a certeza que era boa pessoa.
Mas porque é que se queria suicidar?
A primeira frase dele foi: “Pelo menos vou morrer a olhar para uma cara bonita!” e saiu do seu rosto o que podia ser um sorriso não fosse o seu mau estado.
Ao fim de 10 minutos de conversa, se é que se pode chamar conversa a um quase monologo da parte dela, parecia o conhecia há anos e estava a gostar cada vez mais dele.
Isto não podia estar a acontecer, principalmente porque “este” parecia estar mesmo decidido.
Ao fim de uma hora e cinquenta e sete minutos, quando menos esperava ele disse: “Gostei de te conhecer… poderíamos ter sido bons amigos. Adeus!”
E atirou-se de costas sempre a olhar para ela.
Nessa noite ela adormeceu com aquela cara…

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