Ver Insónias
Estranho como os anos passaram...
Estranho mesmo as coisas a que eu recorro, apenas para disfarçar a tua ausência.
Tu continuas a não responder, atender, devolver... E a casa continua assombrada pela tua não presença.
Dias, que aos poucos foram sendo encostados pelas semanas.
Meses, que sem piedade continuas a ignorar.
E anos, que automaticamente se agarraram a alguns desses meses, meses que teimas em prolongar.
Difícil seria admitir que o ruído da televisão o é, apenas porque ela de noite continua ligada... Numa infundada esperança de preencher um pouco do silêncio, que um dia cá em casa deixas-te esquecido.
Difícil seria admitir que os ruídos da cozinha, não eram mais do que saudades dos teus frenéticos e impiedosos ataques a meio da noite ao nosso frigorífico... Difícil.
Difícil será admitir que pela primeira vez, monto este presépio sem os teus detalhes e preciosismos, que constantemente atropelavam o meu mais puro atabalhoar.
Tenho saudades desses difíceis...
Ligaste-me agora.
Tu não falas-te, mas eu sei que foste tu!
Ouvia lá ao fundo o batuque de um cego, que decerto percorria o longo corredor da carruagem do metro em que tu te encontravas.
Sei que eras tu, porque sim!
Sei, porque depois destes anos todos, ainda me lembro de quando respiravas assim!
Estranho como os anos passaram...
Estranho mesmo as coisas a que eu recorro, apenas para disfarçar a tua ausência.
Tu continuas a não responder, atender, devolver... E a casa continua assombrada pela tua não presença.
Dias, que aos poucos foram sendo encostados pelas semanas.
Meses, que sem piedade continuas a ignorar.
E anos, que automaticamente se agarraram a alguns desses meses, meses que teimas em prolongar.
Difícil seria admitir que o ruído da televisão o é, apenas porque ela de noite continua ligada... Numa infundada esperança de preencher um pouco do silêncio, que um dia cá em casa deixas-te esquecido.
Difícil seria admitir que os ruídos da cozinha, não eram mais do que saudades dos teus frenéticos e impiedosos ataques a meio da noite ao nosso frigorífico... Difícil.
Difícil será admitir que pela primeira vez, monto este presépio sem os teus detalhes e preciosismos, que constantemente atropelavam o meu mais puro atabalhoar.
Tenho saudades desses difíceis...
Ligaste-me agora.
Tu não falas-te, mas eu sei que foste tu!
Ouvia lá ao fundo o batuque de um cego, que decerto percorria o longo corredor da carruagem do metro em que tu te encontravas.
Sei que eras tu, porque sim!
Sei, porque depois destes anos todos, ainda me lembro de quando respiravas assim!
1 comentários:
wow...
gostei...
:)
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