11 de janeiro de 2009

O vidro!


Estava cansado!

O dia não tinha sido fácil... depois de quatro horas de sono mal dormidas, dezasseis de trabalho deixavam-no num estado de semi automatismo. Ficava controlado quase só pelo instinto.

Foi esse instinto que o levou até ao lugar onde tinha deixado o carro nessa manhã bem cedo e o fez entrar, colocar a chave na ignição e ligar o rádio bem alto.

Só quando ia a arrancar reparou que o calor do seu corpo contrastou com o frio que se fazia sentir na rua, embaciando o vidro e deixando antever vestígios de uma noite passada.

Foi uma noite também ela guiada por instintos e semi automatismos, não estivesse ele como agora saído de um dia 4/16!

Fazendo uma revisão dessa noite passaram-lhe várias coisas pela cabeça.

Pensou que tinha sido apenas um momento. Pensou que tinha sido “o momento”. Pensou que tinha sido só mais uma pessoa que conhecera (pois a bom da verdade, não lhe tinha chamado à atenção até ali). Pensou que era a pessoa que procurava.

E naquele momento, lendo o seu nome no vidro embaciado as perguntas continuariam sem resposta.

1 comentários:

Anónimo disse...

pequeno desenho de um dia, diria eu muito bem pintado;)**