10 de novembro de 2008

Horários


Nós e os horários.
Se há coisa que não consigo perceber é o atrito que os Portugueses têm vindo a criar em relação ao relógio.
Talvez não seja bem ao relógio mas sim, aos horários.
Lembro-me que quando não haviam telemóveis, e eram poucos os que andavam de automóvel, cerca de dez minutos antes do marcado, já todos se encontravam no chamado ponto de encontro.
Eu gostava desse estilo de vida, e confesso, era um fervoroso adepto.
Por vezes até esperávamos 10, ou 20 minutos, mas mais do que isso, as coisas eram simples, quem não estava, era porque não vinha.
Mas agora?!
Não há festa, saída, encontro ou compromisso, em que não tenha de esperar pelo menos meia hora.
O que acontece normalmente é que há hora marcada estou a receber uma SMS a dizer que a pessoa "X" está a sair de casa nesse momento.
Não pode ser!!! Ou, que dizer, pode...
Tanto que pode, que acontece, tanto que acontece, que eu já faço o mesmo...
Posto isto, e visto que se não conseguimos vencê-los, juntamo-nos a eles...
Venho por este meio anunciar que a partir de agora serei um típico Português!

1 comentários:

Anónimo disse...

Não posso acreditar que mais um caiu!
Sou membro dessa minoria rebelde (há quem chame de parva) que ainda insiste em chegar a horas e que continua a favor de um atraso máximo de 15 minutos, sem excepção, nem mesmo em casamentos (o último a que fui teve um atraso de 1h! Desta vez, não sendo culpa da noiva, foi de meninas de alianças irrequietas...Não há estômago que aguente).
Pelos vistos, a ingenuidade (ou parvoíce) ainda habita por estas bandas, acreditava no efeito cadeia da rebelião mas cada vez mais parece que a derrota já chegou e ainda ninguém me avisou.
Ainda assim, prefiro seguir o exemplo do típico português...no estrangeiro: esperançado e... pontual.