2 de novembro de 2007

Frio, onde andas?


Toca o despertador.
Tiro os cobertores de cima de mim, e sinto um arrepio completo.
Lavo a cara com o menos água possível.
Bebo leite quente, muito.
Fecho-me dentro do Kispo.
Calço luvas e bato palmas só para ouvir o seu som abafado.
Embrulho-me no cachecol, e saio à rua a pensar agora estou protegido.
Inspiro fundo pelo nariz e expiro prolongadamente pela boca, só para ver a coluna de fumo, tal qual um fumador. Faço-o várias vezes e já me doem os olhos. Tenho o olhar focado na boca e já vejo dois nariz.
Ponho as mãos nos bolsos das calças, e não as tiro enquanto corro para o autocarro.
Já dentro do autocarro reparo que todos têm o nariz vermelho... engraçado.
- "Já não fazia frio assim há uns tempos valentes", (diz alguém nos bancos atrás de mim)
...
Chego a casa, ao quentinho de casa.
Tiro casaco, cachecol e luvas. Visto uma roupa deslavada de andar por casa, e calço um par de meias bem grossas.
Lá fora, vejo as copas das árvores balouçarem insistentemente.
Sabe tão bem estar cá dentro!
Ligo o aquecedor e ali fico.


Começo a ter saudades deste ritual

1 comentários:

Sara Caeiro disse...

Por muito que não goste do frio, também já tenho saudades...

Por outro lado, (e isto acabou de me vir agora à memória) não tenho saudades nenhumas de andar cheia de frieiras e com pacotes de lenços atrás. Acho que acabei de me lembrar de porque é que não gosto lá muito do Inverno. lol

Deixa lá, já está a ficar mais fresquinho =P