9 de outubro de 2007

Peso de um compromisso II



E aquele olhar, o que significa? Avanço ou não?
Chego a casa e começo a pensar. Arranjo um motivo estúpido, mas um motivo.
Mando SMS ou telefono? Posso sempre optar por não fazer nem uma coisa nem outra.
Vou jantar, e não falo durante toda a refeição.
Percorro a lista telefónica... está a chamar! Se calhar não devia. Nada a fazer, ela atendeu.
Os dois juntos. Pagamos a meias, pago eu ou paga ela?
Estará a gostar? Estarei entusiasmado demais, ou ela convencida de menos.
Falo menos ou oiço mais? Já não sei o que é melhor...
Deverei ouvir?
Isto, aquilo, varremos todos os assuntos, excepto um: nós. É melhor deixar para o final. Sinceramente não sei que dizer. Tenho o "8" e o "80" tão juntos...
Todos os pretextos são válidos para me tocar.
A despedida. Avanço ou deixo que ela dê um sinal. Qual sinal?
Dou-lhe a mão, ou digo mais meia duzia de palavras forçadas?
Não me sai nada.
Encosto-a à parede.
Subo-lhe os braços.
Beijo-a outra vez? Será demais?
Viramos costas e ela foge como se nada fosse. Irá pensar, muito ou pouco?
E agora, mando-lhe SMS, hoje ou amanhã?
Dizer o quê? Tudo ou nada?
Mas e agora, tudo depende do agora.
Tenho a impressão que o pouco que disser hoje, pode mudar muito o amanhã.
Livre de compromisso ou com compromisso livre.
Quanto mais velho fico, mais pesada fica essa palavra: compromisso.
Sem liberdade ou com outra liberdade?
Não sei, sinceramente não sei. Depende do lado em que se está.
Dúvidas. Se as tiver com ela ao lado, então...
...então deixo de as ter.

2 comentários:

Anónimo disse...

as duvidas existem sempre...
o problema é darmos demasiada importancia às duvidas...

lindo o texto

Anónimo disse...

temos a mesmã maneira de duvidar... identifico-me contigo... constrangedor??? lol