22 de fevereiro de 2009

Só meu e de mais ninguém



Não haja dúvidas que estar num hotel assim de tempo a tempo tem as suas vantagens, sabe bem, aquela ronha, as mordomias e os privilégios...
Mas, realmente não há nada como a nossa casa.
Meter a chave à porta, daquela maneira, com aquele barulho.
Acender a luz.
Pousar os papeis e a mochila.
Ligar a aparelhagem e ouvir a música, a minha música.
Um sofá que range a cada mudança de posição e a uma televisão que se apaga sem razão aparente.
Tomar banho e no dia seguinte a mesma toalha ainda lá estar.
Ter que me levantar 10 minutos mais cedo e fazer o meu pequeno-almoço, à minha maneira, com torradas de pão seco com dois dias e com o meu leite meio-gordo.
A minha loiça por lavar, mas que quando é lavada, sei que é bem lavada.
A minha cama acanhada que tantas vezes fica por fazer, mas com o meu colchão, os meus lençóis e até aquela almofada já moldada à minha cabeça.
Um fogão velho mas que aquece rápido e um computador lento mas que funciona à minha velocidade.
Uma estante com pó, mas com os meus livros.
O meu espaço... só isso, quando mais não é preciso!

2 comentários:

Sara Caeiro disse...

Não há nada como a nossa casa...

Ana. disse...

(...)
O melhor é aquela saudade que aparece no fim de três ou quatro dias num hotel; mesmo que o colchão também seja bom, que os lençóis cheirem a amaciador da roupa e que a almofada seja fofinha.

Está muito bom este post, muito bom mesmo!