21 de setembro de 2007

Budapeste 18 e 19/06/07

À chegada parecia uma cidade cinzenta, pouco acolhedora, à imagem de Atenas.
Confesso que a vontade de conhecer também já é pouca, estamos cansados, e sinceramente depois de passar por Praga, todas as cidades parecem “pequenas”.
No meu ver a cidade tem grande potencial, mas que está longe de ser bem aproveitado. Tem edifícios com grandes fachadas, tem história, é banhada pelo Danúbio, mas simplesmente não é cuidada. Está suja, negra e com muito património a ruir.
São cerca de 7h45 quando chegamos à cidade, e não sei bem como, metemo-nos numa carrinha conduzida por um homem qualquer que supostamente nos levará a uma pousada... assim foi, mas só quando chegamos ao destino e que nos apercebemos que essa decisão poderia ter sido algo arriscada.
Lá acabamos por nos instalar em mais uma pousada. Durante a tarde damos uma volta pela cidade e subimos ao seu ponto mais alto. Confesso que foi aqui que comecei a ficar com melhor impressão da cidade. Cá de cima a vista é realmente muito boa.
Já cansados decidimos voltar para a pousada para repousar as pernas. Dormimos uma hora ou duas, até à altura de jantar e acordamos para aquilo que viria a ser uma grande noite. Sem querer acabamos numa discoteca ao ar livre a festejar o final da época dos exames, muito bem acompanhados.
Mais uma vez optamos por dormir pouco e às 10 da manhã já estamos a caminhar naquelas ruas quentes.
Decidimos ficar com as mochilas, em vez de as guardar nos cacifos da Estação.
Já está um calor infernal. Por baixo da T-xirt escorro suor e nem o banho à pouco tomado me faz sentir mais fresco.
Almoçamos num restaurante italiano e enquanto vem a conta aproveitamos para escrever os postais que à muito estavam prometidos. Afinal de contas do lado de lá alguém é capaz de gostar de saber de nós...
De realçar a vista sobre o Danúbio à noite, iluminado pelas luzes que salpicam a principal e mais conhecida ponte da cidade. É disto que são feitas as grandes viagens, do ambiente e envolvimento que sentimos perante um quadro destes. Não dá para descrever, é o que faz das viagens, pedaços de vida vividos a 100%...
Chegamos ao comboio, tiramos a roupa toda à excepção dos calções.
O suor continua a correr sem pedir licença.
Os olhos estão semicerrados e a velocidade com que a caneta desliza começa a ser cada vez mais lenta, tenho sono.
Vou dormir.
Já venho está bem?!

....

São agora 19h, estamos algures na Hungria. O comboio vai rasgando uma paisagem que me obriga a emprestar um olhar prolongado de vez em quando.
O compartimento do comboio continua quente, que seria de nós sem os toalhetes do LIDL?...

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