27 de julho de 2007

Praha 16 e 17/06/2007

A cidade é excelente, tem tudo. Vamos fazer grande parte das compras aqui, tenho a certeza! Esta cidade é ideal para acolher o turista. Há quem a classifique como uma cidade medieval em pleno Séc. XXI.
As praças amplas, a gente na rua, as quatro estações num dia, a limpeza das ruas e a beleza de cada edifício, monumento, ponte e castelo não deixam ninguém indiferente! Aqui entramos num ambiente invulgar, as fachadas que agora vejo em ambos os lados da avenida, transportam-me para uma cidade, diria eu de, “realidade virtual”.
Hoje aproveitamos para ver grande parte da cidade.
Regressamos ao apartamento por volta das 19h, tomamos um duche rápido, e aconchegamos o estômago com um "Snickers" cada um. As pernas já pesam, principalmente porque o andamento foi sempre elevado.
Escolhemos a nossa “melhor” roupa, e lá vamos.
Às 20h30 é o espectáculo de musica clássica. Não resistimos e aqui começámos a cometer as primeiras extravagâncias. No centro da cidade facilmente encontramos locais a promover estes espectáculos, que se enquadram perfeitamente no ambiente para o qual somos transportados.
Entramos na sala e durante 1 hora vimos um espectáculo de deixar boca aberta. Pelo menos a mim deixou. Aquele violinista, dava-lhe tanto, mas tanto...
Nunca tinha ido a nenhum concerto deste tipo, mas fiquei totalmente rendido.
Estamos basicamente a viver sem preocupações, fazemos o que queremos, vemos o que queremos, às horas que queremos e compramos o que queremos. Numa cidade como esta, dá muito jeito.
A noite tinha apenas agora começado.
Houve quem dissesse que esta era a cidade onde tudo acontece...
Estou cansado, cheio de sono, pelo andar da coisa apenas vamos dormir 3 horas... Às 10h temos que fazer o Check-out. Temos é como quem diz, porque o despertador apenas vai tocar às 10h...
Decididamente, não vale a pena ficar a dormir numa cidade com uma Noite como esta.
São 5h57, e já é de dia. Custa acreditar que à nossa frente já estão duas Chinesas com um cachorro na mão direita e de máquina fotográfica empunhada na mão esquerda.
Estranha forma de começar um dia, direi eu... Elas olham para nós e dizem qualquer coisa que obviamente não percebo. Faço de conta que é sobre nós, e nesse meu devaneio traduzo a conversa delas para... : “estranha forma destes acabarem o dia”.
Hoje o dia será basicamente para relaxar, ver o que nos falta e despedirmo-nos desta cidade.
...
Tan tan tandaran, tan tan tandaran, tan tan tandaran, tan tan tandaran!!!
O despertador!
Uma sensação de formigueiro invade-me dos pés à cabeça, só me apetece dizer uma coisa: ****-**!
Não estou a acreditar, Tenho tanto sono. E os olhos, ardem tanto! Fico sentado por dois minutos com as pernas pendentes na cama, à espera que a dor de cabeça desapareça.
O apartamento não tem estores, e sinto o sol já a apertar nas minhas costas.
Rapidamente nos preparamos, e arrumamos a tralha toda que ficou espalhada pela sala. Já estamos a ficar profissionais nisto. Vamos até à estação e deixamos as nossas malas nos cacifos para o efeito. O comboio para Budapeste parte às 23h02.
Agora a passada é muito mais espaçada, as pernas pedem autorização para se deslocar, enquanto vamos entrando vagarosamente em todas as lojas de souvenirs. Almoçamos num restaurante qualquer que apanhamos no meio das ruas e travessas que nos levam até ao rio.
Com isto tudo já são 16h35 e temos pela frente a Ponte de Charles, vamos atravessa-la pela última vez. O Cephas diz que eu tenho grande panca para as pontes, mas esta sem dúvida mexe comigo.
Agarramos na máquina fotográfica e começamos um filme duma ponta a outra da ponte. Tínhamos que levar para casa este ambiente único.
À minha direita alinham-se ao longo da travessia vários caricaturistas, pintores de paisagens e de rostos em apenas 5 minutos. À esquerda, dois músicos fazem verdadeira música, desta vez transportam-me para um ambiente anos 20, em plenos Estados Unidos, impressionante, o que se pode fazer com um funil e uma viola...
Mais à frente uma banda com um som, épá, um som...
Olhando para o lado direito do rio, vemos ao longe os barcos de aluguer. Não nos podemos ir embora sem dar uma volta de barco.
Aqui no meio do rio, a sensação de liberdade é extrema, apoio os cotovelos na proa do barco e fecho os olhos por um instante. Sinto o sol a queimar-me a cara, oiço a água a bater no casco do barco e as remadas cadentes do Love.
Neste rio já foram rodados muitos filmes, e dá a ideia deste ser mais um. Tenho uma sensação de dejavú...
Lá em cima o sol vai-se pondo, e a hora a que temos direito vai-se esgotando rapidamente, à imagem da nossa estadia aqui.
Agora caminhamos junto ao rio. Tiramos mais duas ou três fotografias. Travamos uma conversa com gente desconhecida, sabe bem, dá para sorrir mais um pouco.
Desaconselham-nos os restaurantes chineses. A cidade está calma. É inicio de noite de Domingo, em Praha.

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