17 de abril de 2005

Escuridão

Já não sei o que quero
do que preciso
do que desespero
no meio dessas gentes
desse mundo de torrentes
cheio de olhares descrentes
até que choras e finges
que mentes...
que não sentes
como essa luz
que te esconde como um capuz
e te mostra na escuridão
nessa branca imensidão...
dás-me a mão
e eu digo que não
lembro as noites em vão...
Mas não te esqueci
como te esqueces de ti
quando eu estou aqui
e tu estás na lua
numa terra que fora tua
talvez por ganância crua
eu te deixo só...
perdida e nua
onde só eu te posso ver
e questiono o meu ser
esquisito de ser
diz-me lá...se posso saber
se da tua água poderei beber
beber, beber...
até pra sempre te esquecer

1 comentários:

Anónimo disse...

Pedrinho!! Várias foram as vezes que li o poema mas só hoje é que decidi comentá-lo.. porque será??? lol =P Talvez porque já tenha vivido na escuridão??? não sei mas o facto é que apetece-me comentar e de certo modo identifico-me com o poema.....

Só mais uma coisa para quê " beber, beber, beber... até para sempre te esquecer" se quanto mais bebes mais sede tens??? lol =P Mais vale andar pa frente e tentar ser feliz (acredita sei do que falo... lol =) )Bjinhos grandes para alguém ainda maior não em altura mas como pessoa.... GOTO DE TI miúdo!! =P
***Laudinha***