23 de janeiro de 2010

De mãos encostadas




Parecia uma coisa sem importância.

Ele apressou o passo até se abeirar dela, já quase ao fundo do corredor.
Abrandou e chegou o braço dele junto ao dela, disfarçado no meio daquele baloiçar fisiológico.
Ele, intencionalmente tocou no dorso da mão direita dela, nem em tom de cocegas, nem de toque. Era ali a meio...nem tanto para parecer casual, nem de menos para evitar passar despercebido.
Ela sorriu.
Acelerou o passo, deixando-o propositadamente para trás, instantes antes de virar no corredor à esquerda.
Apenas queria que ele se fixasse na alegria que ela se preparava para transbordar, num chocalhar leve e descontrolado transpirado pelo chocalhar ondulante do seu cabelo cheio.

2 comentários:

Oliveirinha disse...

Tá fixe... anda aí passarinho cor de rosa no ar... força, coragem, nunca se sabe o que vai acontecer amanhã, nem tão pouco se estamos cá...afinal..."a vida é apenas umas férias que a morte nos dá"

pumpkinreviews disse...

Espero bem que tenhas sido tu a escrever isto, porque eu adoro e ficaria desapontada se soubesse que não tinhas sido tu a criar isto!

Está um espectáculo.